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CREA-RS: juntos pela reconstrução do Rio Grande

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A recente enchente no Rio Grande do Sul afetou milhares de pessoas e causou danos incalculáveis. A solidariedade e o espírito de colaboração que demonstramos juntos foram inspiradores e fundamentais. As emergências foram atendidas em grande parte, mas as necessidades de muitos permanecem e novas situações surgem pedindo atenção e ajuda. Chegou a hora de sorrir e ter esperança.

O momento agora é de reconstrução e solidariedade técnica. E é assim que o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS chegou aos 90 anos no dia 30 de maio de 2024. Temos certeza que para reerguer o Rio Grande do Sul depois desta tragédia, com toda a infraestrutura comprometida, estradas, pontes, casas, somente com muito conhecimento técnico dos profissionais das Engenharias e Geociências.

Agora é arregaçar as mangas e trabalhar. O CREA-RS se mobilizou para prestar auxílio técnico e humanitário à sociedade e aos profissionais dos quadros técnicos das prefeituras. A força motriz para reerguer nosso Estado é o conhecimento dos profissionais das engenharias, da agronomia e das geociências.

Ainda na primeira quinzena de maio, criamos o programa Reconstruir-RS, no qual mais de 2,5 mil profissionais voluntários de todo o Brasil se inscreveram. Nosso objetivo com esse grupo multidisciplinar foi atender as cidades mais atingidos pelas enchentes e, para isso, contamos com a parceria da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs).

A intenção foi apoiar os municípios na primeira etapa e antes dos editais do governo estadual, onde os laudos técnicos são essenciais para alavancar recursos e providências para a contratação posterior dos serviços necessários à retomada do desenvolvimento.

 

Conseguimos aprovar a ART Humanitária, que se tornou uma ferramenta para os nossos voluntários. Até agora 88 profissionais voluntários estiveram em Sinimbu, Distrito de Vila Mariante, em Venâncio Aires, Vale do Sol e Putinga, colocando seu tempo e conhecimento à disposição das prefeituras. Os 611 laudos produzidos das 729 vistorias técnicas são fundamentais para alavancar recursos e providências para a contratação posterior dos serviços técnicos necessários à retomada do desenvolvimento. 

Além disso, se não fossem voluntários, custariam R$ 315 mil para o governo do Estado, sem contar a hora/técnica do profissional. 

Na primeira semana de julho, o município de Canoas abriu as portas de suas escolas e unidades básicas de saúde para um mutirão técnico, formado por mais de cem profissionais voluntários do Rio Grande do Sul somados aos de Santa Catarina e do Paraná, que se mobilizaram através dos seus Creas, com a missão de vistoriar mais de 50 imóveis públicos, gerando aproximadamente 200 laudos técnicos.

Além do prejuízo econômico, são mais de 15 mil estudantes e familiares aguardando o retorno às aulas e a devida assistência em saúde pública.

Muito além do conhecimento técnico e do tempo dedicado, enaltecemos o espírito solidário dos nossos profissionais para a reconstrução do Estado.

Reafirmamos neste momento difícil para o nosso Rio Grande do Sul o aprimoramento, a transformação e a maturidade alcançados durante esses anos.

Estamos ao lado do nosso Estado, e o conhecimento técnico dos nossos 80 mil profissionais vão contribuir para esta reconstrução.

Não há como pensar uma cidade sem antes pensar nas pessoas, pois elas precisam estar no centro de tudo. Juntos, vamos encontrar as melhores soluções em benefício da sociedade gaúcha, de quem o CREA-RS esteve ao lado nestes 90 anos.

Ao garantir o exercício do profissional legalmente habilitado, o Conselho visa a segurança e o bem-estar das pessoas em todos os setores.

O momento agora é de reforçar que o trabalho técnico ecoa há 90 anos e deve continuar a prevalecer em todas as instâncias governamentais para que a tecnologia e a inovação contribuam para o desenvolvimento responsável.

Os Poderes Executivos e Legislativos terão pela frente algumas decisões técnicas fundamentais para a reconstrução do Rio Grande do Sul, onde a opinião técnica deve predominar no desenvolvimento social, ambiental e econômico. Estamos pagando um preço muito caro por ir contrário àquilo que se orienta tecnicamente.

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